sábado, 30 de outubro de 2010

Uso de defensivos químicos nas plantações.


Índice
Introdução

Uso de defensivos químicos nas plantações
- Histórico
- Classificação
- Fungicidas
- Germicidas
- Cuidados

Conclusão
Fonte de pesquisa




Introdução
Agrotóxicos são produtos e agentes químicos ou biológicos cuja finalidade é alterar a composição da flora e da fauna a fim de preserva-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Os agrotóxicos, principalmente os de origem orgânica vem sendo usados desde 40 a 90 D.C. (depois de Cristo). Entre os mais usados citam-se os produtos à base de enxofre e cobre. O primeiro inseticida sintetizado foi o DDT e, devido à baixa toxidez ao homem provocou a procura de novos produtos de origem orgânica com ação inseticida e acaricida. Entre os fungicidas, o mais antigo é a calda bordalesa, descoberto em 1874 na França, por Millardet e usada até hoje em muitos países devido a facilidade no preparo e alta eficiência contra doenças causadas fungos dos gêneros Phytophthora,PythiumPeronosporaBremia e outros.
Muitos ecologistas e biólogos discutem a validade do uso de produtos químicos nos pimentais devido a problemas de resíduo e toxidez para a flora, fauna e ao próprio homem; entretanto, os métodos de controle biológico, cultural e integrado nem sempre dão respostas imediatas. Grandes epidemias de pragas e patógenos têm de ser debeladas imediatamente e só o uso de agrotóxicos tem garantido a produção de alimentos. Entretanto, para que se consiga bons resultados no controle é necessário saber que tipo de patógeno, praga ou planta daninha está ocorrendo no pimental e o uso correto do agrotóxico a ser aplicado.


Uso de defensivos químicos nas plantações
O combate às pragas da lavoura, indispensável para assegurar a integridade das colheitas, pode acarretar efeitos negativos quando realizado com emprego inadequado de defensivos agrícolas. Entre as piores conseqüências do uso desses produtos se enumeram a agressão ao meio ambiente, a contaminação de alimentos, prejuízos para a saúde de quem os manipula e a imunização progressiva aos agrotóxicos dos seres vivos que se pretende eliminar, o que acaba por exigir o emprego de drogas cada vez mais potentes e em quantidades maiores.
Defensivos agrícolas são substâncias ou misturas, naturais ou sintéticas, usadas para destruir plantas, animais (principalmente insetos), fungos, bactérias e vírus que prejudicam as plantações. Enquadram-se em várias categorias: germicidas, que destroem microrganismos patogênicos e embriões; fungicidas, que eliminam fungos e fungões; herbicidas, que combatem as ervas daninhas que brotam no meio de certas culturas e prejudicam seu desenvolvimento; raticidas; formicidas; cupinicidas e outros. 
Um dos fatores que agrava o problema atual de aplicação de agrotóxicos e consequente intoxicação dos consumidores dos produtos por estes fornecidos é a total falta de informação técnica dos agricultores sobre os componentes químicos presentes nos agrotóxicos e as consequências do uso desses produtos à saúde humana, bem como a falta de treinamento para o uso adequado dos produtos. O descaso das autoridades e a falta de incentivos governamentais à educação rural, bem como falhas na rotulação dos produtos cometidas pelos fabricantes, acabam por piorar a situação, pois não tendo a informação e orientação correta, não podemos exigir um uso totalmente correto por parte dos agricultores. Devido a falta de fiscalização, existe o comércio ilegal e livre desses produtos, que não tendo origens conhecidas, não garante a qualidade do produto, o que coloca em risco toda a cadeia desde o agricultor até o consumidor final. Como pode ser percebido, a maioria dos problemas poderiam ser solucionados com medidas relativamente simples, como educação e fiscalização. Agricultores bem informados, e com noções sobre os efeitos dos agrotóxicos saberiam aplicá-los de forma mais adequada, enquanto que a monitoria por parte de órgãos competentes garantiria os níveis corretos desses componentes, e o uso de produtos de qualidade assegurada, com composição conhecida e de acordo com normas internacionais. É citada a qualidade desses produtos pois o tempo de meia vida dos componentes químicos nos alimentos deve ser aceitável para que este não chegue à mesa do consumidor ainda contendo produtos químicos tóxicos à saúde. O artigo relata o fato da importância dos agrotóxicos não deixarem resíduos nos alimentos. Isso poderia ser resolvido através de investimentos em pesquisa, pois assim poderíamos gerar produtos menos nocivos, e regras mais severas quanto à indústrias que produzem agrotóxicos que não respeitam o meio ambiente e o consumidor. Devemos sempre lembrar que, conforme diz o texto, a ingestão de produtos tóxicos pode causar doenças em diversos âmbitos, desde intoxicações simples até doenças genéticas e câncer.
Histórico. Já no neolítico, cerca de 7.000 anos a.C., procedia-se à seleção de sementes de plantas mais resistentes às pragas agrícolas. Os profetas do Antigo Testamento mencionam nuvens de gafanhotos que destruíam lavouras inteiras, como a que se abateu sobre as margens do Nilo no século XIII a.C.. Mas somente a partir dos séculos XVI e XVII começaram os estudos científicos das pragas e dos meios de combatê-las. O primeiro combate em larga escala a obter sucesso foi o realizado na Europa, na década de 1840, contra o míldio, fungo que ataca os brotos das videiras.
Em 1942, o patologista suíço Paul Müller descobriu as propriedades inseticidas de um composto organoclorado já sintetizado em 1874, e que passou a ser conhecido como DDT. Pesquisas com gases venenosos, realizadas pelos alemães durante a segunda guerra mundial, levaram à descoberta de inseticidas ainda mais poderosos, os compostos organofosforados. Data daí a ilusão de que se poderia usar inseticidas cada vez mais enérgicos e deter para sempre o avanço das pragas. Na verdade, não se levou devidamente em conta dois obstáculos: a possibilidade de que as próprias pragas desenvolvessem defesas naturais -- e a cada ano aumenta o número de pragas resistentes a todos os defensivos conhecidos; e os danos ao meio ambiente, que acabam por afetar o homem.
Classificação. Os defensivos agem por contato, envenenamento ou asfixia. Podem ser de origem vegetal, animal ou mineral, ou ainda produtos orgânicos de síntese. Dentre os inseticidas de origem vegetal destacam-se alcalóides de veratrina, anabasina, nicotina e nornicotina, piretrinas, rianodina e rotenona. Os de origem animal incluem as toxinas elaboradas pelo Bacillus thuringiensis. Os inorgânicos ou de origem mineral, muito usados até a década de 1950, incluem cloretos de mercúrio, arseniatos de chumbo, de cálcio, de sódio, e de alumínio, acetoarsenito de cobre, arsenito de sódio e de bário, criolita e selênio.
Os defensivos orgânicos de síntese abrangem os seguintes conjuntos: organoalogenados (DDT, BHC, lindano, clordane, heptacloro, aldrin, dieldrin, endrin etc.); organofosforados (azinfos, malation, paration, forato, oxidemetonmetilo etc.); sulfonas e sulfonatos (tetrasul, tetradifon, fenizon etc.); e os carbamatos (carbaril, isolane etc.).
Aplicam-se geralmente por pulverização por meio de equipamento apropriado, desde pequenas bombas manuais até grandes aspersores utilizados em aviões, que cobrem grandes plantações. O arseniato de chumbo é usado para proteger árvores frutíferas, sobretudo macieiras. A retenona é muito utilizada no Brasil, embora esteja proibida em quase todos os países desenvolvidos -- como também o DDT, o BHC, o paration e cianetos. Como aqueles países, o Brasil possui toda uma legislação que regula o uso e a venda desses produtos, mas como seu cumprimento é pouco fiscalizado, essas leis quase nunca são obedecidas.
Os defensivos de contato são usados contra insetos transmissores de doenças infecciosas. Para tratamento em grande escala, nuvens de DDT são lançadas de avião. O DDT também é usado como inseticida doméstico, assim como a popular naftalina.
Fungicidas. Produtos especialmente ativos, que destroem os fungos ou impedem seu crescimento, os fungicidas são aplicados nas folhas e frutos em crescimento, nas frutas colhidas, nas sementes e no próprio terreno a ser cultivado. A aplicação é feita principalmente por aspersão, em máquinas geralmente puxadas por trator. Muitas vezes os fungicidas são misturados com cal e pulverizados. No caso de fungos que atacam as raízes, o solo é tratado com matérias voláteis líquidas.
Sementes, frutas, madeiras e produtos têxteis também exigem proteção contra a ação dos fungos, sobretudo em regiões de climas com teor de umidade elevado. Os dormentes de estrada de ferro, por exemplo, são protegidos por soluções de creosoto e outros produtos sintéticos.
Germicidas. São substâncias químicas suficientemente fortes para matar os germes por contato. Os anti-sépticos inibem o crescimento das bactérias; os desinfetantes matam os microrganismos produtores de moléstias.
Cuidados. A utilização de determinados produtos tem evitado a propagação de parasitas perigosos e favorecido o combate a portadores de endemias sérias como a malária. No entanto, como seus efeitos não podem ser circunscritos à área de aplicação, e se fazem sentir em toda a natureza, devem ser aplicados com parcimônia e orientação técnica. Às vezes o homem, na ânsia de solucionar o problema, desequilibra sistemas biológicos inteiros e acaba agravando situações que pretendia remediar. Os defensivos podem destruir conjuntamente pragas e insetos benéficos, sobretudo devido à tendência de se tornarem mais resistentes os nocivos. Um fato ocorrido no Brasil, na década de 1980, veio comprovar esse risco. Ao se tentar erradicar a lagarta da soja com aplicação em massa nas grandes plantações, eliminou-se também seus predadores naturais.
Os resíduos de defensivos também provocam contaminação em nível planetário, como se verificou na Antártica, onde foram detectados vestígios de DDT em focas e pingüins. Os compostos organoclorados também têm efeito altamente prejudicial sobre animais, mesmo quando o contato não é direto. Em certos lagos dos Estados Unidos, a reprodução de trutas cessou por completo e a mortalidade entre alevinos atingiu níveis de cem por cento. Os organoclorados agem sobre o sistema nervoso e modificam atividades metabólicas, podendo assim favorecer a proliferação do câncer.
Para fazer face a todos esses problemas, os centros mundiais de pesquisa buscam soluções no campo do controle biológico, mediante a criação e disseminação de machos esterilizados. Embora sexualmente potentes, esses insetos são estéreis, de modo que os ovos postos pelas fêmeas são estéreis também. Outra alternativa é o emprego de genes letais, que provocam o nascimento de animais assexuados, ou uma predominância de machos, de modo a reduzir as oportunidades de acasalamento e assim diminuir a população de insetos. Um terceiro caminho é a pesquisa e identificação de odores capazes de atrair as pragas, em busca de alimento ou de sexo, e eliminá-las. Pode-se também disseminar na natureza certos produtos químicos cuja ingestão esteriliza os insetos, mas esse método acarreta perigos para os mamíferos e para o homem.


Conclusão
O tema "agrotóxicos" se mostrou muito amplo e especialmente importante do ponto de vista ecológico. 
Claramente existe dois lados a serem considerados. O crescimento rápido da população exige uma maior produção de alimentos, o que faz dos agrotóxicos artigos de necessidade primária para se obter maiores rendimentos nas plantações. Por outro lado, o uso desses produtos químicos causa uma série de problemas na natureza ,e na saúde humana, que podem chegar a atrapalhar a melhoria das condições de vida das pessoas, pois ai se encaixam várias doenças e a perda dos recursos naturais mais rapidamente devido a contaminação dos mesmos por estes produtos.


Ficou evidente que torna-se muito importante a educação dos produtores, uma maior orientação por parte de técnicos especializados, suporte do governo a essa orientação e a educação desses produtores como medidas contra conseqüências mais graves decorrentes do uso desses produtos químicos. Logicamente, cada cidadão deve tomar cuidados na escolha dos alimentos, boicotando aqueles que são sabidamente produzidos "a base" de agressões à natureza e consequentemente ao próprio ser humano.


Fonte de pesquisa












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